Causos
Bom , hoje vou escrever aqui no site mais um “causo da Veterinária”. Vamos finalizar o ano descontraíndo e pensando, também!
DESAFOGAMENTO
Condição instintiva / para que fibras e nervos / Se destramem / e abram sulcos de purificação / Em corpo pleno / longe do ser / Sendo, em sensação apaziguada, o que um dia foi. /
Contar os “causos” vividos no trajeto da minha profissão foi uma proposta que coloquei aqui no site, e um desafio de misturar as emoções sentimentais humanas inseridas ao contexto do atendimento aos cães e gatos.
Morar e dividir uma rotina ambiental com vários gatos e dois cães, seja por que motivo for, é uma das experiências da vida que nos exige paciência, muito despreendimento material e tempo à dispor.
O Skol! Esse cão foi algo na minha vida! “Um presente dos céus”!
Quem o conheceu talvez possa dimensionar a importância que esse cão teve na minha vida. Eu sinto muita saudade dele! Mas não me sinto sem ele – esse é o sentimento bom que fica quando parte um bem-querer da gente.
Essa historinha pode nos fazer questionar sobre a capacidade sentimental nos animais; até onde há compreensão da parte deles em relação as nossas questões afetivas; ter sentimentos é possibilidade de empatia. E isso os animais não têm.
A dor emocional exposta. Esse era o semblante do homem que estava sentado a minha frente tentando pedir informação sobre zoonoses.
Vejam bem, os “causos” que irei contar e que foram vivenciados na minha trajetória profissional nem sempre são motivos do riso farto, por muitas vezes estarem cheios de sentimentos que trazem muito dor emocional do outro. Esse é um deles. Embora haja por detrás das nossas muitas “tragédias” a leveza do fato engraçado.
Essa pequena história que vou contar a vocês me marcou de uma forma interessante. A tenho nítida na memória, desde as imagens, sons, cheiros, reações e ambiente, e com ela decidi abrir esse espaço que ofereço no site. Posso até dizer que essa mais que todas foi um estimulo forte para começar a buscar a Medicina Veterinária também como uma ciência humanista. Foi quando percebi da magnitude da presença do ser humano interferindo no universo dos cães e gatos. Percebi que minha jornada profissional seria recheada de sentimentos alheios, mais do que as emoções genuínas dos animais, que são bem mais fáceis de manejar.